NIEPED e a Escola para Cegos Helen Keller

Nossa História

Há 65 anos atrás era fundada pelo Professor José Ferreira Martins Junior, a Escola para Cegos “Helen Keller”, na cidade de Ribeirão Preto, com o objetivo de oferecer aos cegos e pessoas com deficiência visual acesso ao conhecimento por meio do sistema Braille, assim como integrá-los à sociedade.

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA “PISTA”: A CRIAÇÃO DA ESCOLA PARA CEGOS “HELEN KELLER”

Em 1º de julho de 1954, idealizada pelo Professor José Ferreira Martins Junior, com apoio do legislativo municipal, por intermédio da Lei Ordinária N.º 349, de 03 de maio de 1954, foi inaugurada a Escola para Cegos “Helen Keller”, em Ribeirão Preto. Considerada como o primeiro serviço para o atendimento da pessoa cega da cidade de Ribeirão Preto e região, a fundação da mesma se deu, essencialmente, porque os familiares das pessoas cegas não dispunham de conhecimento a respeito do sistema Braille e a importância desse método para a alfabetização e a educação das mesmas. Pelo contrário, muitas tinham vergonha de ter uma pessoa com deficiência em casa, e tampouco sabiam que estas poderiam aprender e se desenvolver tanto quanto ou igual a uma pessoa “normal”. Diante desse necessário, o Prof. José Ferreira Martins Junior criou uma escola onde os cegos tivessem acesso ao conhecimento através do sistema Braille.

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Nossa Educação

Notórios foram os esforços do Prof. José Ferreira Martins Junior, por intermédio de uma filosofia humanista, para mobilizar a sociedade Ribeirão-pretana a investir na formação da pessoa com deficiência visual e/ou cega, demonstrando tanto a essas quanto à sociedade que o importante era dar-lhes condições de prover seu sustento, com base em seus estudos, sem terem que viver da mendicância.

Criatividade e moda sob a luz da cegueira

O acervo fotográfico contendo imagens dos bazares realizados na década de 1960, com produtos de moda e artesanato desenvolvidos dentro da Escola para Cegos “Helen Keller”, trouxe a possibilidade de conhecer não apenas o universo da pessoa cega nesse período, mas, em especial, as vivências dos alunos da escola e do aprendizado dos mesmos durante as aulas de trabalhos manuais.

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Da menina da roça à jovem humana e trabalhadora

Sou de uma cidade de Minas bem próxima de Franca. Deve dar uns 20 minutos de carro. Chama-se Ibiraci. Eu nasci nessa cidade, mas os meus tios me trouxeram para Ribeirão Preto para ver se tinha algum recurso para a minha visão. Eu não tinha nem 17 anos quando vim para cá e comecei a aprender o Braille... comecei a aprender e logo que comecei apareceu a oportunidade de um curso no Senai.

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Eu cheguei primeiro… do aprendiz ao jovem mestre

Eu aprendi o Braille, o alfabeto, aprendi tudo! Como eu já tinha estudado, foi mais fácil; foi só aprender o alfabeto, depois montar as palavras... Me alfabetizei e estudei um pouco no Metodista. Eu fiz o ginásio, fiz o quarto ano do colegial o que seria hoje o Ensino Médio e depois fiz dois anos de Magistério... Nessa época, tive bastante apoio do Sr. José Ferreira Martins.

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O sapato embrulhado no jornal... o início de uma trajetória educacional

Eu cresci aqui... eu aprendi... eu aprendi... assim, eu não conversava muito com as pessoas. Aí, eu aprendi a conversar, me comunicar melhor; aprendi que eu podia fazer alguma coisa... foi uma experiência maravilhosa. O Waldir foi meu primeiro professor. Inclusive, ele me alfabetizou muito bem. Comecei por ele... Ele que me alfabetizou. Me ensinou tudo o que queria saber.

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Nossas Inspirações

Saiba mais sobre as pessoas que vivenciaram e ajudaram ou simplesmente inspiraram na construção dessa história de desafios e superações.

José Ferreira Martins Júnior

Nascido aos dezessete dias do mês de dezembro do ano de 1922, na cidade de Ribeirão Preto, José Ferreira Martins Júnior destacou-se por sua total dedicação à educação das pessoas cegas. Tendo o próprio se tornado cego aos 16 anos de idade, ficou conhecido por adotar uma filosofia humanista.

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Helen Keller

“Incapaz de interagir minimamente com o mundo a sua volta, Helen Keller, conduzida por Anne Sullivan, conseguiu não só se comunicar, como também se tornar a primeira cega e surda a se formar na universidade, além de ser uma palestrante famosa, que viajou o mundo inteiro contando a sua história” – LeBooks.

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Camilo de Mattos

Filantropo por vocação e pessoa de muito prestígio, Camilo de Mattos foi por duas vezes vereador e por uma vez prefeito da cidade de Ribeirão Preto. Considerado uma figura popular, devido aos seus cabelos prateados, sua elegante vestimenta e uma bengala cor de rosa, era um profundo conhecedor das leis e um orador inflamado.

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Nosso Acervo

A preservação do acervo é fundamental para o resgate e a perpetuação de uma história. O acervo aqui contido traz fotos de momentos marcantes da história da Escola para Cegos Helen Keller de Ribeirão Preto que foram eternizados pelas lentes de fotógrafos da época para registro particular da escola e para cobertura da mídia à época.