JOAQUIM CAMILLO DE MORAIS MATTOS

Pioneiro da Proteção dos Cegos de Ribeirão Preto



Joaquim Camillo de Moraes Mattos, mais conhecido como Camilo de Mattos, nasceu aos treze dias do mês dezembro do ano de 1883, no distrito de Rio Novo, Barbacena, Minas Gerais.

Filho de Joaquim de Oliveira Mattos e Ambrosina de Moraes Mattos, mudou-se com sua mãe para Ribeirão Preto, após o falecimento de seu pai, quando ainda era criança. Entretanto, somente a adotou como sua cidade no ano de 1917, quando retornou de São Paulo, onde cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a convite do Dr. Arthur Soares de Moura, também advogado.

Durante o período que estudou em São Paulo, trabalhou como professor no Liceu Sagrado Coração de Jesus e como professor particular. Quando retornou à Ribeirão Preto, foi nomeado delegado na Cidade de Cravinhos (SP); o que lhe permitiu além de ganhar notoriedade, fazer parte do diretório local do antigo Partido Republicano Paulista e abrir portas para seu ingresso na carreira política.

Em 1919, casou-se com Maria das Dores Gomes de Mattos. Da união nasceram os filhos Luiz Augusto Gomes de Mattos, Maria Camila Gomes de Mattos, Célia Gomes de Mattos e Nilza Gomes de Mattos.

Entre os anos de 1926 e 1932 exerceu o cargo de vereador por dois mandatos e, em 1929, devido a renuncia do candidato eleito, assumiu o cargo de Prefeito, mas foi desposto no início da Revolução de 1930. Como prefeito, além de inaugurar o Theatro Pedro II, trouxe à Guarda Municipal para reorganizar o trânsito, deu ênfase à Saúde e à Educação e instituiu a sopa escolar com recurso próprio.

Como advogado dedicou-se durante anos ao casal Sinhá e Quito Junqueira, tendo exercido os cargos de: consultor jurídico das Usinas Junqueira, em Igarapava; diretor-presidente do Educandário Coronel Quito Junqueira, o qual ajudou a implantar com Sinhá Junqueira; um dos fundadores do Hospital São Francisco; presidente da Associação dos Motoristas de Praça de Ribeirão Preto; um dos diretores do Asilo Anália Franco; colaborador do Asilo Padre Euclides; presidente da Associação dos Cegos de Ribeirão Preto (ACERP).

Faleceu na noite de 24 de agosto de 1945. E, em janeiro de 1959, o então presidente da ACERP, Prof. José Ferreira Martins Júnior, atribui a Camilo de Mattos (em memória), o título de “Pioneiro da Proteção dos Cegos de Ribeirão Preto”, devido a todo serviço prestado à Associação. Ao término da reforma da casa que abrigaria a Associação, situada à Rua Lafaiete até os dias de hoje, foi colocado uma foto enquadrada em sua homenagem.

“Joaquim Camillo de Mattos, vivo era um caminho de luz, morto é a luz dos caminhos” – Homenagem do povo de Ribeirão Preto.

09/05/1959 - Descerramento do retrato do Dr. Camilo de Mattos pela sua esposa "Sinhazinha".

Não datado - Joaquim Camillo de Mattos